Integrado ao ciclo natalino, o Reisado refere-se aos ranchos que festejam o nascimento do Menino Jesus e a visita que lhe fizeram os tres Reis Magos. Os ranchos são formados por homens e mulheres que saem às ruas representando os pastores que foram a Belém. Cantando, vão pedindo agasalhos pelas casas por onde passam. Em Portugal, o Reisado teria sido um cortejo de pedintes que cantavam versos religiosos ou humorísticos, como também auto sacros que tinham como enredo passagens da vida de Cristo. Segundo vários autores, essa festa apresenta uma variante no Estado das Alagoas, que recebe o nome de Guerreiros, da onde provém os chapéus aqui apresentados. Os "Guerreiros" destacam-se pela suntuosidade da indumentária dos participantes na qual chama atenção o uso de chapéus decorados por espelhos e elementos brihantes, além de fitas multicoloridas. Há quem atribua aos espelhos o poder mágico de fazer retornar os maus desejos a quem os enviou. A obra Mapa Cultural do Brasil informa que na década de 1950 havia um Reisado Imperial na cidade do Recife (PE) que, além de participar das festas natalinas, apresentava-se durante o carnaval, sob a forma de troça.