Localizada na baixada fluminense, Nova Iguaçu tem uma população estimada em 799.047 habitantes e figura como o quarto município mais populoso do estado. Distante cerca de 30 km da capital, integra a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (IBGE, CNM, 2011). A cidade é um importante polo comercial e de serviços do estado, que atrai principalmente moradores dos municípios no seu entorno. A história de Nova Iguaçu está atrelada à ocupação no entorno do Rio Iguaçu. Originalmente habitada por indígenas Jacutinga, com a divisão do território brasileiro em capitanias hereditárias, a região foi ocupada pelos colonizadores depois de 1566. Além de importantes para a agricultura da região, os cursos fluviais constituíam canais de comunicação com a cidade do Rio de Janeiro, para onde a produção era escoada. Em 1833 foi elevada à categoria de vila com o nome de Iguaçu, que significa, em tupi guarani, “água grande”; em 1891 à categoria de cidade e em 1916 a sede do município passou a se denominar Nova Iguaçu. Com a facilidade de escoamento da produção devido à construção das rodovias que cortam o município e a substituição da via fluvial pela via férrea, Nova Iguaçu entrou em processo de industrialização e passou a exercer importante atividade comercial na Baixada Fluminense (IBGE, 2011). A cidade, de mil facetas, serviu como inspiração para as esculturas de Dadinho, cujo nome de registro é Geraldo Marçal dos Reis. O artista nasceu em 1931 em Diamantina / MG e mudou-se ainda criança com a família para Nova Iguaçu. Trabalhou até os 15 anos com o pai, carpinteiro profissional, com quem aprendeu a marcenaria. Descobriu sua habilidade para esculpir por acaso aos 12 anos, quando esperava começar uma partida de futebol. Em 1972, iniciou sua trajetória artística, que ganhou impulso a partir de 1977. Passou a esculpir paisagens urbanas em raízes e troncos. Suas “imponentes cidades tentaculares” estão expostas em alguns museus brasileiros. Dadinho faleceu em 2006.