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07 out

Nota de pesar: falecimento do escritor e artista plástico Mestre Didi

É com pesar e tristeza que o Museu Casa do Pontal anuncia o falecimento neste domingo, dia 6, em Salvador, aos 95 anos, do escritor e artista plástico baiano, Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi. 

Conhecido pela representação em suas obras de elementos da cultura afro-brasileira, também é reverenciado pela liderança da comunidade espiritual nagô. Era filho de Maria Bibiana do Espírito Santo, a lendária Mãe Senhora, uma das principais mães de santo do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em Salvador. Mestre Didi recebeu em 1985 o título de alaipini, título máximo da hierarquia sacerdotal nagô.

Por meio de sua obra singular, ganhou expressão internacional e tornou-se  um dos principais artistas brasileiros. Expôs no Centro Pompidou, na França, e em países como Gana, Senegal e Inglaterra, além dos Estados Unidos, no Guggenheim de Nova York. No Brasil, ganhou amplo reconhecimento após a 23ª Bienal de São Paulo, em 1996, quando recebeu uma sala apenas para suas obras. Através da Unesco, realizou pesquisas comparativas entre Brasil e África e, em 1980, fundou a Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Asipá, do culto aos ancestrais Egun, em Salvador. 

Parte das obras de Mestre Didi integram o acervo do Museu Casa do Pontal, no Rio de Janeiro, e do Museu Afro Brasil, em São Paulo. Em Salvador, sua obra pode ser conhecida no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Mucab), no Parque das Esculturas e no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM).

Deixa viúva a antropóloga Juana Elbein dos Santos, que o definia como um "sacerdote-artista", e também uma filha, a cantora Inaicyra Falcão dos Santos. 

Fontes:

http://www.museucasadopontal.com.br/

http://g1.globo.com/bahia/noticia/2013/10/mestre-didi-morre-em-salvador.html

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1352688-morre-aos-95-anos-em-salvador-o-artista-plastico-mestre-didi.shtml

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Mestre Didi
07 de Outubro de 2013